Na implantação do plano real, a passagem custava R$ 0,35; hoje custa R$ 2,80, além da inauguração de mais 8 estações, disponibilização de mais trens, aumento do trecho e de númeos de usuários - ISTO ÁTÉ 1998.
Numa avaliação pessimista hoje, a empresa arrecada mais de R$ 40milhões de reais por mês e mais as verbas de venda de espaço publicitário e sublocação de espaço físico por ela arrendados.
Para o futuro existem projetos de construção de outras linhas: uma que ligará a estação General Osório até a Gávea, antiga linha 4, dando sequência à linha 1 e dali até a Barra da Tijuca.
A Linha 6 no seu projeto original faz ligação Alvorada ao Galeão, que na visão prefeitura será substituída pelo corredor de ônibus T5, o que é um absurdo, principalmente em bairros com densidade populacional como a Barra, Jacarepaguá e outros tantos do traçado. Curitiba onde implantaram o primeiro corredor de ônibus, há cerca de 30 anos, tem em sua região metropolitana 3,2 milhões de habitantes e já está implantando o seu metrô, pois o corredor já não atende mais. Por que implantar esses corredores no Rio 10 milhões de habitantes, principalmente às vésperas de eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas?
Existe também a linha 3 ligando Carioca a São Gonçalo passando por baixo da Baía de Guanabara.
Os absurdos não param por aí. Em 2007 a concessionária procurou o Governo do Estado e propôs o projeto por ela chamado de METRÔ DO SÉCULO XXI, que na realidade não passava do mesmo projeto já apresentado outras 3 vezes e reprovado por estudos técnicos. Este projeto consiste de uma variante que liga a Estação São Cristóvão na linha 2 à Estação Central na linha 1, proposto pela primera vez pelo engenheiro Jaime Lerner, durante o governo Brizola, em 1984.
Esta proposta substitui o projeto original de continuação da linha 2 que passa pela Cruz Vermelha, integrando a Estação Carioca e chegando à Praça XV nas barcas.
Sob o pretexto de que a construção do projeto original custaria R$ 1,8 bihões, apresentaram a "brilhante novidade" ao governo com forte apelo de que seu projeto custaria somente R$ 1,4 bilhões e o governo não precisaria gastar nenhum real para tal. Entretanto, a concessionária pediu como contra partida isenção de pagamento pelos 10 anos que restavam do contrato em vigor e mais 20 de prorrogação, ficando com 30 anos de isenção do pagamento da outorga.
Pelos cálculos da concessionária para os próximos 30 anos as receitas montam R$ 1,4 bi, valor que foi contestado por estudos técnicos que chegaram a valores próximos de R$ 3,1 bilhões só com arrecadação de bilheteria.
O mais grave de tudo isso é que foram feitos estudos que chegaram ao valor de R$ 800 milhões para a conclusão do projeto original que é definitivo, enquanto o que foi apresentado pela concessionária e está em fase de conclusão é provisório e mais caro. Não trás os mesmos benefícios em termos de capacidade além de criar uma condição de risco de acidente com cruzamento da vias que hoje não existe. A própria concessionária admite que num futuro próximo terá que ser concluído o projeto original.
Pelo acima exposto percebe-se que os cofres públicos foram lesados no mínimo em R$ 1,7 bilhões que é a diferença de projeção de arrecadação para os próximos 30 anos. Na verdade trata-se de uma grande renúncia fiscal, pois a obra está sendo construída com dinheiro público e, o que é pior, ninguém fiscaliza o gasto do dinheiro e nem a execução das obras, o que é um grande absurdo.
O grande golpe é que, após a assinatura no novo termo de prorrogação do contrato, o grupo capitaneado pelo Citigroup vendeu o conrole acionário para o consórcio formado pela OAS, Previ e outros, por R$ 1 bilhão.
Em 2007, o Sindicato dos Metroviários do Estado do Rio de Janeiro e a Federação Nacional dos Metroviários fizeram denúncia ao MinistérioPúblico. Além desta, também o vereador Carlos Caiado apresentou denúncia ao MinistérioPúblico mas, até a presente data, nada aconteceu.